O futebol é apaixonante justamente por momentos improváveis que só ele é capaz de proporcionar. E no dia 11 de junho de 2015, a torcida do Internacional de Santa Maria presenciou um desses episódios que ficam para sempre na memória.
Era a última rodada do pentagonal da Divisão de Acesso, fase que definiria quem subiria para a elite do Campeonato Gaúcho de 2016. Sem chances de classificação e com o objetivo de cortar gastos, o Inter-SM já havia liberado grande parte do elenco. Segundo a súmula do jogo, restaram no banco de reservas apenas dois jogadores: o jovem Gabriel e o goleiro Romário.
O adversário era o tradicional rival regional, o São Gabriel, que venceu a partida por 1 a 0 no Estádio Presidente Vargas. Mas o que ficou marcado naquela tarde fria de junho não foi o placar.
Nos minutos finais, o técnico Lucas Fossati, sem opções, decidiu fazer algo inusitado: chamou Romário, o goleiro, para entrar como atacante. Isso mesmo. Aos 42 minutos do segundo tempo, a placa subiu anunciando a entrada do camisa 13. Saiu o volante Dionatan e entrou Romário para tentar, quem sabe, um milagre na Baixada Melancólica.
O portal Radar Esportivo descreveu:
“A emoção só voltou a tomar conta na Baixada Melancólica quando a placa erguida pelo quarto árbitro anunciava a entrada do número 13. Dionatan, com a 5, deu lugar a Romário. Isso mesmo. O goleiro reserva entrou nos minutos finais da partida para ser o centroavante. Infelizmente, Romário não conseguiu fazer um gol, e nem sequer tocar muito na bola.”
Já o Globo Esporte contou que Romário, então com 21 anos, até arriscou uns dribles, sofreu uma falta e tentou honrar o nome do famoso “Baixinho” artilheiro. Aliás, atuar no ataque não era uma completa novidade para ele, que havia feito essa função nas categorias de base. Tanto que, na preparação para a partida, Fossati chegou a testá-lo como atacante nos treinos.
🎥 Confira abaixo a matéria produzida pelo Globo Esporte, que registrou esse momento único da história colorada de Santa Maria.