As origens do nome e das cores do Inter-SM

As origens do nome e das cores do Inter-SM

O nome e as cores do Esporte Clube Internacional de Santa Maria carregam histórias, simbolismos e até divergências sobre como surgiram. No Almanaque dos 80 Anos do Inter-SM, do autor Cândido Otto da Luz, são relatadas três versões sobre como o clube foi batizado e como escolheu o vermelho e branco como suas cores.

Versão 1 — Olavo Castagna

Segundo Olavo Castagna, a ideia surgiu nas conversas de meio-dia entre amigos que jogavam bola na frente da oficina Tietzel & Cechela. Inspirados pelo título do Internacional de Porto Alegre em 1927, decidiram fundar um clube com o mesmo nome.

As cores escolhidas, vermelho e branco, foram uma homenagem a Antonio Lozza, que usava um lenço encarnado por ser maragato. Lozza, inicialmente relutante, aceitou ser presidente do clube e doou o primeiro uniforme, selando assim as cores que representam o Inter-SM até hoje.

Versão 2 — Nélson Gundel

Nessa versão, quem lidera a história é Victorino Pereira da Silva, jovem garçom do Café Guarany, incomodado com o domínio absoluto do Riograndense nas notícias da época. Sua motivação era clara: criar um clube forte o suficiente para rivalizar com o clube ferroviário.

O nome Internacional foi escolhido por transmitir uma ideia de grandeza, indo além dos limites regionais. Curiosamente, o Inter de Santa Maria teria nascido tricolor: preto, amarelo e vermelho, cores da bandeira da Alemanha — escolhidas por Érico Weber, considerado patrono do clube.

Com o início da II Guerra Mundial e o envolvimento da Alemanha no conflito, as cores foram alteradas. Segundo relatos, durante uma visita a Antonio Lozza, decidiu-se pela adoção do vermelho como cor principal, novamente em referência ao lenço maragato que Lozza usava.

Versão 3 — Victorino Pereira da Silva

Nesta versão, narrada pelo próprio Victorino Pereira da Silva, o nome Sport Club Internacional foi uma sugestão sua. Na hora de definir as cores, surgiu a ideia de usar o verde, já que a reunião ocorreu numa sala de bilhar. No entanto, essa proposta foi prontamente descartada — afinal, verde era a cor do rival Riograndense.

A decisão então foi clara: seria preciso uma cor que simbolizasse oposição direta ao verde. A escolha recaiu sobre o vermelho, que desde então se tornou símbolo do Inter de Santa Maria.

 


 

Tradição que se mantém viva

Essas três versões fazem parte da rica e apaixonante história do clube. Todas estão registradas no Almanaque dos 80 Anos do Inter-SM, escrito por Cândido Otto da Luz, uma obra essencial para quem deseja mergulhar na memória e nas origens do Colorado de Santa Maria.