Oreco: De Santa Maria para o Mundo

Oreco: De Santa Maria para o Mundo

Waldemar Rodrigues Martins, eternizado como Oreco, é, sem dúvidas, um dos maiores nomes da história do futebol santa-mariense e gaúcho. Nascido em 13 de junho de 1932, em uma humilde casa na Rua dos Andradas, 1424, em Santa Maria, Oreco carregou desde cedo a paixão pelo futebol, incentivado pelo pai, ferroviário da Viação Férrea.

O apelido veio da infância, inspirado no personagem das histórias em quadrinhos Reco-Reco, muito popular na época. Entre as peladas e brincadeiras, o grito da gurizada era claro: “Chama o Reco!”… até virar Oreco.

O início foi no amador Esporte Clube Ideal, onde atuou de 1945 a 1948, ao lado de outros talentos locais. Por muito pouco não defendeu o rival Riograndense, mas, graças à intervenção do então presidente colorado Coronel Aníbal Dória, acabou vestindo as cores do Internacional de Santa Maria, em 1949, aos 16 anos.

Foram 28 jogos com a camisa do Inter-SM. E embora tenha sido apenas uma temporada, sua passagem foi tão marcante que Oreco foi eleito, anos depois, o melhor lateral-esquerdo da história do clube, na pesquisa realizada para o livro “O Time dos Sonhos do Inter-SM – Parte 1”, de Cândido Otto da Luz.

Anos 40 | Colégio Hugo Taylor
Livro: O Time dos Sonhos do Inter-SM

1947 | Esporte Clube Ideal
Livro: O Time dos Sonhos do Inter-SM

De Santa Maria ao Beira-Rio

As atuações pelo Inter-SM chamaram a atenção do Internacional de Porto Alegre, que pagou 5 mil cruzeiros e ainda construiu um muro no Estádio Presidente Vargas como parte do acordo — fato que Oreco gostava de brincar:

“Ninguém no mundo foi trocado por um muro. Eu fui.”

No Inter de Porto Alegre, brilhou de 1950 a 1956, conquistando cinco títulos gaúchos (1950, 1951, 1952, 1953 e 1955) e participando de 29 Gre-Nais, com 14 vitórias, 10 empates e apenas 5 derrotas.

es da história do futebol santa-mariense e gaúcho. Nascido em 13 de junho de 1932, em uma humilde casa na Rua dos Andradas, 1424, em Santa Maria, Oreco carregou desde cedo a paixão pelo futebol, incentivado pelo pai, ferroviário da Viação Férrea.

O apelido veio da infância, inspirado no personagem das histórias em quadrinhos Reco-Reco, muito popular na época. Entre as peladas e brincadeiras, o grito da gurizada era claro: “Chama o Reco!”… até virar Oreco.

O início foi no amador Esporte Clube Ideal, onde atuou de 1945 a 1948, ao lado de outros talentos locais. Por muito pouco não defendeu o rival Riograndense, mas, graças à intervenção do então presidente colorado Coronel Aníbal Dória, acabou vestindo as cores do Internacional de Santa Maria, em 1949, aos 16 anos.

Foram 28 jogos com a camisa do Inter-SM. E embora tenha sido apenas uma temporada, sua passagem foi tão marcante que Oreco foi eleito, anos depois, o melhor lateral-esquerdo da história do clube, na pesquisa realizada para o livro “O Time dos Sonhos do Inter-SM – Parte 1”, de Cândido Otto da Luz.

1949 | E.C. Inter-SM
Livro: O Time dos Sonhos do Inter-SM

1953 | S.C. Internacional
Blog 1909 em Cores

A era Corinthians e a Seleção Brasileira

Em 1957, foi contratado pelo Corinthians, clube onde viveu grandes momentos, apesar de não conquistar o Campeonato Paulista. Jogou no Parque São Jorge até 1965, onde se tornou referência e ídolo.

Sua excelência como lateral o levou à Seleção Brasileira, onde atuou em 11 partidas, sendo parte do elenco que conquistou o título da Copa do Mundo de 1958, na Suécia. Na época, ficou na reserva de ninguém menos que Nilton Santos, a “Enciclopédia do Futebol”.

Apesar disso, o jornalista Cláudio Cabral deixou registrado no livro:

“Oreco foi um jogador fora de série. Me atrevo a dizer que jogava mais que Nilton Santos. Mas a vantagem de Nilton era jogar no Rio, o que, na época, facilitava muito para quem buscava espaço na Seleção.”

1958 | S.C. Corinthians Paulista
Blog Terceiro Tempo

1956| Seleção Brasileira
Blog Terceiro Tempo

Carreira internacional e pioneirismo

Depois do Corinthians, defendeu o Millonarios (Colômbia), o Toluca (México) e, por fim, seguiu carreira nos Estados Unidos, onde, além de jogar, fundou uma das primeiras escolinhas de futebol comandadas por um brasileiro no país, revolucionando a introdução do esporte no cenário norte-americano.

1977 | Milionarios da Colômbia
Blog Terceiro Tempo

Reconhecimento e legado

Oreco foi muito mais que um grande lateral. Figura presente em várias seleções históricas, foi apontado pela revista Placar como o melhor lateral-esquerdo da história do Internacional de Porto Alegre, figurando, ainda, na lista dos 765 maiores jogadores do mundo, publicada pela mesma revista em 1991.

Em 3 de abril de 1985, durante uma partida de ex-jogadores pelo Milionários, em Ituverava (SP), sofreu um infarto e faleceu, aos 52 anos, dentro de campo — literalmente fazendo aquilo que mais amava.

A emocionante declaração de seu grande amigo Tarica, outro ícone do Inter-SM, define bem o tamanho da saudade:

“O jogador morre duas vezes. Uma quando para de jogar e outra quando Deus convoca.”

Oreco vive eternamente na memória do futebol de Santa Maria, do Rio Grande do Sul, do Brasil e de quem ama a história do esporte.

📝 Texto baseado no livro “O Time dos Sonhos do Inter-SM – Parte 1”, de Cândido Otto da Luz.